sexta-feira, 25 de março de 2011

Feudalismo: uma marca na Idade Média

O funcionamento dos feudos

Você já deve Ter visto em viagens, filmes ou livros, os grandes castelos medievais, construídos em pedra ou madeira, com fossas em volta da muralha e pontes elevadiças. Pense agora sobre eles : por que eram tão grandes e por que tinham tantas barreiras de proteção? 
    Durante o feudalismo, os castelos eram os locais de moradia dos nobres que eram os reis e rainhas, príncipes e princesas, condes e condessas, marqueses e marquesas. Eram considerados a parte mais importante do feudo, afinal, neles viviam os poderosos do lugar. 
    Essas construções tinham de ser muito grandes e seguras porque na idade média, eram muito comuns as guerras e invasões. Quando aconteciam, todos os habitantes do feudo que não fossem convocados para o combate tinham o direito de se refugiar nos castelos. 
    No entanto, não existia comforto. Pois depois da crise do império romamo e das invasões germânicas, a Europa empobreceu. O comércio diminuiu muito e havia poucos contatos com o oriente, onde se produziam artigos de luxo. O estilo de vida era simples e rude. Os conde e marqueses tinham fartura, mas pouco desfrutavam do conforto e do luxo. 
    Quando o feudo pertencia à igreja, o castelo tinha funções religiosa: podia ser um mosteiro, uma igreja, etc. 
    Havia outro tipo de moradias nos feudos: as aldeias. Nelas moravam os camponeses, em cabanas feitas de barro e palha, com o chão de terra batida e às vezes, nos fundos, um pequeno cercado, onde se criavam pequenos animais e aves. 
    O restante do feudo era composto pelos bosques e terras cultivadas. Para se obterem bons resultados do cultivo, essas terras eram divididas em três campos que a cada ano eram utilizados com fins diferentes, num sistema de rodízio. Enquanto o campo A não era utilizado, para o solo descansar, os outros dois produziam cereais. Por exemplo, o B produzia trigo e o C cevada. No ano seguinte, o campo A produzia trigo, o campo B produzia cevada, e o C descansava. 
    Uma parte desses três campos era chamada de reserva senhorial ela era cutivada durante alguns dias da semana pelos camponeses, e tudo o que nela produzia era destinado ao senhor do feudo. 
    Outra parte era chamada de reserva servil e divididas em faixas de terra. Cada camponês tinha uma faixa para cultivar nos campos A,B e C. do que ele ali produzia, uma parcela ficava para sua família, eoutra era entregue ao dono da terra 
    Como os condes e marqueses eram os controladores das terras, os camponeses tinham de obter autorização para morar nelas e cultivá-las. Para obter esse direito, eles se comprometiam a pagar impostos. 
    Na época do feudalismo, circulavam poucas moedas : os impostos eram pagos em produtos ou serviços. 
 
Image Hosted by ImageShack

A economia e o estilo de vida nos feudos

Economia
Em linhas gerais, a economia feudal se desenvolveu graças ao processo de ruralização desencadeado pela crise do Império Romano. Sem poder usufruir de baixos custos de produção obtidos pela grande mão-de-obra escrava disponível, os grandes proprietários começaram a arrendar as suas terras com oobjetivo de, ao menos, garantir as condições necessárias para o próprio sustento. Ao mesmo tempo, a desvalorização das atividades comerciais  por parte dos povos germânicos também foram de grande importância para a consolidação de uma economia predominantemente agrária. 

Nos feudos, o desenvolvimento de técnicas agrícolas de baixa produtividade impedia a obtenção de excedentes possivelmente utilizados na realização de atividades comerciais. Ao mesmo tempo, os instrumentos de arado e a qualidade das sementes impediam colheitas expressivas. As terras férteis eram dividias entre os mansos senhoriais, pertencentes ao senhor feudal; os mansos servis, destinados à produção agrícola das populações camponesas; e o manso comum que era utilizado por todos habitantes do feudo. 

A disponibilidade de terras férteis era preocupação constante entre os camponeses. Dessa forma, para prolongarem o tempo útil de uma área agrícola, realizava-se um sistema de rotação de culturas. Nesse sistema, um campo tinha dois terços de sua área ocupado por duas diferentes culturas agrícolas. A outra parcela era deixada em descanso, recuperando-se do desgaste das colheitas anteriores. A cada ano, as parcelas trabalhadas e preservadas revezavam-se entre si, aumentando o tempo útil de um determinado campo. 

De fato, o comércio perdeu bastante espaço nesse contexto. No entanto, as poucas trocas comerciais que aconteciam se davam através das trocas naturais. Gêneros agrícolas eram raramente utilizados para a obtenção de ferramentas ou outros tipos de alimento em falta em determinado feudo. Somente com o incremento das atividades agrícolas e o crescimento demográfico que o quadro da economia feudal sofreu as primeiras transformações responsáveis pelo surgimento de uma classe de comerciantes burgueses.



Estilo de vida
Sistema Feudal:Sistema baseado na posse da terra e não no comércio com objetivo de atender apenas o consumo local.Senhor feudal: proprietário, homens que trabalhavam na propriedade: servos.Os servos trabalhavam para pagar a utilização da terra e a proteção militar do senhor.A Igreja era a instituição mais poderosa desse período, os reis não tinham muita autoridade política e a exerciam em pequenos territórios. A vida no período medieval foi ditada pelas normas da Igreja.Os servos do feudo não eram escravos, mas ao mesmo tempo não podiam abandonar suas terras, ou seja, estavam presos a ela. A propriedade da terra: posse coletiva (pastos e bosques), manso senhorial (exclusiva do senhor) e manso servil ou gleba (onde o servo plantava para si e também para o senhor). A agricultura era praticada com técnicas rudimentares, a principal era o pousio (rotação no uso da terra).Relações de trabalho: corvéia (trabalho no manso senhorial, três dias por semana) os servos executavam outros serviços além da agricultura, talha (imposto sobre forma de produtos agrícolas que eram cultivados no manso servil), banalidades (taxas pagas em produtos pelo uso das instalações no feudo), mão morta (taxa paga para os filhos continuarem com a posse da terra depois da morte do pai). Além desses impostos havia o pagamento de taxas para a Igreja em Roma.A sociedade feudal: a ascensão social quase não existia, quem nascia servo morria servo, quem nascia nobre morria nobre. Os nobres serviam no exército e eram donos de grandes propriedades, os servos estavam presos a terra, os vilões (moradores das vilas) podiam até ascender socialmente, pois não eram presos a terra. O clero era basicamente a única classe que tinha acesso à cultura e devido a isso exercia um controle da sociedade. Os nobres eram analfabetos e tinham hábitos rudimentares, a situação dos servos era ainda pior. Vassalo: nobre que se comprometia a auxiliar militarmente outro nobre sempre que necessário, como pagamento recebia um feudo. Suserano: nobre que necessitava de auxílio militar e distribuía feudos aos vassalos que lhe prestariam serviços. Os nobres estavam interligados numa hierarquia de auxilio militar: na base estavam os cavaleiros, acima desses os barões, depois duques, marqueses e condes e no topo o rei. As instituições religiosas: a Igreja tinha a função de ajudar o homem a conseguir a vida eterna, para isso ela condenava o comércio que visava o lucro, a finalidade do trabalho não era o enriquecimento. Os empréstimos a juros eram condenados. As pessoas que buscavam o lucro estavam condenadas ao inferno.


 



sexta-feira, 18 de março de 2011

O uso dos solos

O que é solo?

Solo é um corpo de material inconsolidado, que recobre a superfície terrestre emersa, entre a litosfera e a atmosfera. Os solos são constituídos de três fases: sólida (minerais e matéria orgânica), líquida (solução do solo) e gasosa (ar). Essas fases podem ser encontradas em diferentes proporções, dependendo de fatores como tipo de solo e forma de utilização.
É produto do intemperismo sobre um material de origem, cuja transformação se desenvolve em um determinado relevo, clima, bioma e ao longo de um tempo.
O solo, contudo, pode ser visto sobre diferentes ópticas. Para um engenheiro agrônomo, através da edafologia, solo é a camada na qual pode-se desenvolver vida vegetal. Para um engenheiro civil, sob o ponto de vista da mecânica dos solos, solo é um corpo passível de ser escavado, sendo utilizado dessa forma como suporte para construções ou material de construção


A utilidade do solo
Devido ao crescimento populacional e a crise de alimentos no mundo, o manejo intensivo do solo, a monocultura e o aumento do uso de pesticidas e fertilizantes tornaram-se práticas comuns para elevar a produção agrícola. A utilização massiva destas práticas tem ocasionado perda da matéria orgânica do solo, erosão e contaminação das águas subterrâneas, além de prejuízos a microbiota e seus processos bioquímicos. No século passado, aproximadamente 8,7 bilhões de hectares no mundo eram utilizados para práticas agrícolas e florestais, e destes cerca de 2 bilhões de hectares se encontravam em processo de degradação. A taxa de crescimento na produção de grãos passou de 3% na década de 70 para 1,3% na década de 90, e uma das causas para este declínio é o uso inadequado do solo.
O solo é um recurso natural vital para o funcionamento do ecossistema terrestre e representa um balanço entre os fatores físicos, químicos e biológicos. Os principais componentes do solo incluem minerais inorgânicos e partículas de areia, silte e argila, formas estáveis da matéria orgânica derivadas da decomposição pela biota do solo; organismos vivos como minhocas, insetos, bactérias, fungos, algas e nematóides; e gases como O2, CO2, N2, NOx. O solo, como um sistema natural vivo e dinâmico, regula a produção de alimentos e fibras e o balanço global do ecossistema, além de servir como meio para o crescimento vegetal, através do suporte físico, disponibilidade de água, nutrientes e oxigênio para as raízes, além de atuar na regulação hídrica no ambiente, transformação e degradação de compostos poluentes.

O solo possui seis funções principais, sendo três funções consideradas ecológicas e outras três ligadas a atividade humana. As funções ecológicas incluem a produção de biomassa (alimentos, fibras e energia); filtração, tamponamento e transformação da matéria para proteger o ambiente, as águas subterrâneas e os alimentos da poluição; e habitat biológico e reserva genética de plantas, animais e organismos, que podem ser protegidos da extinção. As funções ligadas à atividade humana incluem o meio físico que serve de base para estruturas industriais e atividades sócio-econômicas, habitação, sistema de transportes e disposição de resíduos; fonte de material particulado (areia, argila e minerais); e parte da herança cultural, paleontológica e arqueológica, importante para preservação da história da humanidade. No caso das atividades relacionadas à agricultura e meio ambiente, as principais funções do solo são prover um meio para o crescimento vegetal e habitat para animais e microrganismos; regulação do fluxo de água no ambiente; e servir como um “tampão ambiental” na atenuação e degradação de compostos químicos prejudiciais ao meio ambiente .

A qualidade do solo é definida como a capacidade deste de funcionar dentro do ecossistema para sustentar a produtividade biológica, manter a qualidade ambiental e promover a saúde das plantas e animais. Outras definições para a qualidade do solo foram descritas: “capacidade de um tipo específico de solo funcionar como ecossistema natural ou manejado para sustentar a produtividade animal e vegetal, manter a qualidade da água e do ar e suportar o crescimento humano ; “condição do solo relativa aos requerimentos de uma ou mais espécies biológicas e/ou de algum propósito humano “capacidade do solo de sustentar a diversidade biológica, regular o fluxo de água e solutos, degradar, imobilizar e destoxificar compostos orgânicos e inorgânicos e atuar na ciclagem de nutrientes e outros elementos.

De uma forma geral, as definições acima descrevem algumas funções comuns para todos os solos - sustentação da produtividade e a promoção da saúde vegetal. Desta forma, um solo equilibrado proporciona à planta um desenvolvimento vigoroso e oferece condições para expressar todo seu potencial genético de produção. Muitas práticas agrícolas causam alterações nos atributos do solo que resultam no mau funcionamento e em último caso na degradação dos recursos naturais. Por outro lado, a utilização de práticas que promovam uma melhoria da qualidade do solo deve ser preconizadas com o objetivo de proporcionar às plantas condições favoráveis de desenvolvimento. Além disso, é de fundamental importância a manutenção desta qualidade por longos períodos, contribuindo para o aumento da produtividade vegetal e influenciando na qualidade do meio ambiente.
Recentemente, a Universidade Estadual do Piauí aprovou um projeto, sob nossa coordenação, que objetiva avaliar a qualidade do solo dos municípios de Teresina e Parnaíba, com financiamento público da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Piauí – FAPEPI, dentro do edital de financiamento de projetos de pesquisa de fluxo contínuo.



O bom uso dos solos
Muitas vezes quando falamos de recursos naturais esquecemo-nos de referir os solos, esquecendo que os solos são um importantíssimo recurso natural, servindo inclusivamente de suporte físico a todos os outros recursos.
Os solos, o terreno, o espaço são um recurso natural de elevada relevância pois é um recurso finito e a sua utilização e ocupação deve ser bem planeada e bem aproveitada.
Com a ocupação humana os solos começaram a ter utilidades diversificadas e dependentes da sua aptidão natural. Foram então distinguidos os solos para construção urbana, os solos aptos para a produção agrícola, e solos úteis na produção florestal. Cada tipo de solo gera posteriormente riqueza diferenciada. Tal como acontece com os solos urbanizáveis, por exemplo, que são mais caros e têm mais valor económico que um solo agrícola ou que um solo florestal, embora estes últimos produzam também riqueza.
Contudo, há um tipo de solo que é raramente referido quando se fala em tipos de solos. Ainda menos é referido quando se fala de valor dos solos. De facto, os solos naturais e com funcionalidades ecológicas de equilíbrio dos ecossistemas e do próprio “ambiente humano” é muitas vezes menosprezado. A verdade que este tipo de solo não gera qualquer tipo de riqueza, e muitas vezes para se manter ecologicamente funcional necessita de muito investimento e manutenção. Isto faz com que estes solos funcionem como opositores ou pelo menos não geradores de riqueza.
Acontece com frequência ouvirmos falar das pressões que as áreas verdes sofrem devido às forças de mercado. Estas forças de mercado pretendem crescer e expandir-se e não o conseguem devido a um território protegido e natural que não produz qualquer tipo de lucro.

foto
Embora a maioria das pessoas desconheça a importância ecológica de uma área natural, ou de um ecossistema, estas áreas devem ser protegidas e bem geridas pelos planeadores, impelidos pela necessidade de fomentar um desenvolvimento sustentável e um ambiente mais saudável às suas populações.
Para tentar impedir que esta subvalorização dos solos naturais continue e travar a pressão de que são alvo poderiam tomar-se medidas que possibilitassem uma auto-suficiência dos espaços naturais. Em muitos países é necessário pagar uma taxa simbólica para visitar espaços naturais. Esta pequena taxa permite que estes espaços produzam de facto alguma riqueza, útil por vezes para a manutenção da própria área natural.
A maioria das vezes, o cidadão comum valoriza mais um parque da cidade, construído para o lazer do que um espaço que seja de facto natural. O que a população considera ser qualidade de vida raramente inclui os espaços naturais. As construções, edificações, pontes, estradas, etc. são muito valorizadas em detrimento dos solos naturais e dos ecossistemas de um território. É necessário que se entenda pelo menos de onde vem o oxigénio e a fonte de vida da humanidade, senão, daqui a umas décadas estaremos sozinhos na Terra no meio de florestas de betão.

Problemas na ocupação do solo

Com o crescimento das cidades sem o devido planejamento quanto ao uso e ocupação do solo,
os problemas de degradação são ampliados e passam a causar transtornos e prejuízos a certa parcela
das populações,  notadamente as que ocupam as áreas de risco. Desrespeito à legislação ambiental,
contaminação dos recursos hídricos, erosão e desmatamento são alguns  exemplos de  problemas
encontrados na maioria das cidades brasileir
Considerando o contexto do crescimento desordenado, áreas naturalmente mais  vulneráveis a
ocupação passam a apresentar problemas crônicos com uma repercussão negativa para os ecossistemas
e para as populações de baixo poder aquisitivo  que as ocupam. No entanto, nem sempre são as
populações de baixa renda que protagonizam uma ocupação desordenada do espaço. É muito comum
na zona litorânea do Brasil o crescimento rápido de pequenas cidades  impulsionado principalmente
pelo incremento de atividades turísticas e veraneio. Para que esse processo pudesse acontecer de forma
ordeira seria necessário a implementação de estudos ambientais que subsidiassem um planejamento e
gestão racional do uso e ocupação do solo urbano.




 


Árabes: uma civilização

Árabes: uma civilização

Um profeta

Para os muçulmanos, Maomé foi precedido em seu papel de profeta por Jesus, Moisés, Davi, Jacob, Isaac, Ismael e Abraão. Como figura política, ele unificou várias tribos árabes, o que permitiu as conquistas árabes daquilo que viria a ser um império islâmico que se estendeu da Pérsia até à Península Ibérica.
Não é considerado pelos muçulmanos como um ser divino, mas sim, um ser humano; contudo, entre os fiéis, ele é visto como um dos mais perfeitos seres humanos.
Nascido em Meca, Maomé foi durante a primeira parte da sua vida um mercador que realizou extensas viagens no contexto do seu trabalho. Tinha por hábito retirar-se para orar e meditar nos montes perto de Meca. Os muçulmanos acreditam que em 610, quando Maomé tinha quarenta anos, enquanto realizava um desses retiros espirituais numa das cavernas do Monte Hira, foi visitado pelo anjo Gabriel que lhe ordenou que recitasse uns versos enviados por Deus, e comunicou que Deus o havia escolhido como o último profeta enviado à humanidade. Maomé deu ouvidos à mensagem do anjo e, após sua morte, estes versos foram reunidos e integrados no Alcorão, durante o califado de Abu Bakr.
Maomé não rejeitou completamente o judaísmo e o cristianismo, duas religiões monoteístas já conhecidas pelos árabes. Em vez disso, informou que tinha sido enviado por Deus para restaurar os ensinamentos originais destas religiões, que tinham sido corrompidos e esquecidos.
Muitos habitantes de Meca rejeitaram a sua mensagem e começaram a persegui-lo, bem como aos seus seguidores. Em 622 Maomé foi obrigado a abandonar Meca, numa migração conhecida como a Hégira (Hijra), tendo se mudado para Yathrib (atual Medina). Nesta cidade, Maomé tornou-se o chefe da primeira comunidade muçulmana. Seguiram-se uns anos de batalhas entre os habitantes de Meca e Medina, que se saldaram em geral na vitória de Maomé e dos seguidores. A organização militar criada durante estas batalhas foi usada para derrotar as tribos da Arábia. Por altura da sua morte, Maomé tinha unificado praticamente o território sob o signo de uma nova
religião, o islão.



Uma nova religião

Livros Sagrados e doutrinas religiosas
O Alcorão ou Corão é um livro sagrado que reúne as revelações que o profeta Maomé recebeu do anjo Gabriel. Este livro é dividido em 114 capítulos (suras). Entre tantos ensinamentos contidos, destacam-se: onipotência de Deus (Alá), importância de praticar a bondade, generosidade e justiça no relacionamento social. O Alcorão também registra tradições religiosas, passagens do Antigo Testamento judaico e cristão.
Os muçulmanos acreditam na vida após a morte e no Juízo Final, com a ressurreição de todos os mortos.
A outra fonte religiosa dos muçulmanos é a Suna que reúne os dizeres e feitos do profeta Maomé.

Preceitos religiosos
A Sharia define as práticas de vida dos muçulmanos, com relação ao comportamento, atitudes e alimentação. De acordo com a Sharia, todo muçulmano deve seguir cinco princípios:
- Aceitar Deus como único e Muhammad (Maomé) como seu profeta;
- Dar esmola (Zakat) de no mínimo 2,5% de seus rendimentos para os necessitados;
- Fazer a peregrinação à cidade de Meca pelo menos uma vez na vida, desde que para isso possua recursos;
- Realização diária das orações;
- Jejuar no mês de Ramadã com objetivo de desenvolver a paciência e a reflexão.
Locais sagrados
Para os muçulmanos, existem três locais sagrados: A cidade de Meca, onde fica a pedra negra, também conhecida como Caaba. A cidade de Medina, local onde Maomé construiu a primeira Mesquita (templo religioso dos muçulmanos). A cidade de Jerusalém, cidade onde o profeta subiu ao céu e foi ao paraíso para encontrar com Moises e Jesus.

Divisões do Islamismo
Os seguidores da religião muçulmana se dividem em dois grupos principais : sunitas e xiitas. Aproximadamente 85% dos muçulmanos do mundo fazem parte do grupo sunita. De acordo com os sunitas, a autoridade espiritual pertence a toda comunidade. Os xiitas também possuem sua própria interpretação da Sharia.

O Corão
Alcorão ou Corão é o livro sagrado do islamismo. Os muçulmanos creem que o Alcorão é a palavra literal de Deus (Alá) revelada ao profeta Maomé (Muhammad) ao longo de um período de vinte e très anos. A palavra Alcorão deriva do verbo árabe que significa declamar ou recitar; Alcorão é portanto uma "recitação" ou algo que deve ser recitado.
Os muçulmanos podem-se referir ao Alcorão usando um título que denota respeito, como Al-Karim .
É um dos livros mais lidos e publicados no mundo. É prática generalizada nas sociedades muçulmanas que o Alcorão não seja vendido, mas sim dado.



Os templos

Uma mesquita (em árabe:مسجد) é um local de culto para os seguidores do islã. Os muçulmanos frequentemente referem-se à mesquita utilizando o seu nome em árabe, masjid (plural: masajid). A palavra masjid significa templo ou local de culto e deriva da raiz árabe sajada (raiz s-j-d, "prostrar-se", em alusão às prostrações realizadas durante as orações islâmicas). A palavra mesquita é usada para se referir a todos os tipos de edifícios dedicados ao culto muçulmano, embora em árabe seja feita uma distinção entre a mesquitas de dimensões menores e as mesquita de maior dimensão, que possuem estruturas sociais. Estas últimas são denominadas como "masjid jami".
O objectivo principal da mesquita é servir como local onde os muçulmanos possam se encontrar para rezar. No entanto, as mesquitas são também conhecidas pela seu papel comunitário e por serem as formas mais expressivas da arquitectura islâmica. Elas evoluíram significativamente desde os espaços ao ar livre que eram a Mesquita Quba e o Masjid al-Nabawi do século VII d.C.. Hoje em dia, a maioria das mesquitas possuem cúpulas, minaretes e salas de oração que podem assumir formas elaboradas. Surgidas na Península Arábica, as mesquitas podem ser encontradas em todos os continentes em que existem comunidades muçulmanas. Não são apenas locais para o culto e a oração, mas também locais onde se pode aprender sobre o islão e conviver com outros crentes.

A religião muçulmana tem crescido nos últimos anos (atualmente é a segunda maior do mundo) e está presente em todos os continentes. Porém, a maior parte de seguidores do islamismo encontra-se nos países árabes do Oriente Médio e do norte da África. A religião muçulmana é monoteísta, ou seja, tem apenas um Deus: Alá.
Criada pelo profeta Maomé, a doutrina muçulmana encontra-se no livro sagrado, o Alcorão ou Corão. Foi fundada na região da atual
Arábia Saudita.

Istambul%20BLOG%20Mesquita%20Azul%20010.jpg