sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O uso dos animas na alimentação

A caça
Antes da civilização, esta era a principal fonte de alimento de muitos dos grupos humanos. Porém, a expansão populacional e o desenvolvimento da civilização tornaram o extrativismo natural – a coleta, a caça e a pesca – insuficientes para o abastecimento da população. A obtenção dos alimentos é provida primordialmente pela agricultura e pela pecuária, tendo a pesca resistido até os dias de hoje, atingindo escala industrial.
Embora a caça por sustento ainda resista até os dias de hoje, ela ocorre em pequenas comunidades isoladas, como algumas tribos indígenas, por exemplo. Outra modalidade de caça, a esportiva, ganhou importância com o passar dos séculos.


 A caça e a extinção dos animais
A ameaça da extinção pende, actualmente, sob milhares de espécies animais e vegetais dos nossos dias. Trata-se de um problema que deriva principalmente da destruição dos habitats em que eles vivem e onde interagem com outras espécies.

A influência da actividade humana nos habitats naturais não acaba por aqui. A sobre-exploração de determinadas espécies tem-se tornado numa das principais ameaças à sobrevivência de inúmeros animais e plantas. A caça à baleia do século XX é um bom exemplo desta situação, já que os grandes cetáceos foram levados à beira da extinção devido a uma indústria que, infelizmente, continua viva actualmente.

A domesticação animal
Mas o exemplo mais ou menos positivo das baleias não anula o que se passa com outras espécies. A caça ao tigre, por exemplo, tem sido a principal causa da dramática diminuição das populações daquele animal, tal como acontece com os rinocerontes ou com os lobos. O comércio de partes de animais é um dos negócios clandestinos mais lucrativos do mundo, incentivado por superstições tradicionais ou noções de estatuto social implementadas em determinados países. É principalmente na Ásia que se efectua a constante matança de animais selvagens em proveito humano, já que a procura de partes de animais, como os testículos de tigres ou os cornos de rinocerontes favorece a parca oferta dos produtos em causa e resulta em grandes lucros para caçadores furtivos e traficantes.

A domesticação de animais ou plantas é um processo utilizado desde a pré-história. Consiste na seleção e adaptação de certos seres vivos, considerados úteis para suprir necessidades humanas. A domesticação consiste numa relação ecológica do tipo esclavagismo desenvolvido pelos seres humanos associados com outras espécies de seres vivos. Ao longo de milhares de anos, esse processo acarretou modificações em várias características originais dos seres vivos domesticados, chegando em muitos casos ao desenvolvimento de dezenas de raças, como os cães e gatos.
Outros exemplos de animais domésticos são o cavalo, vaca, porco, cabra, coelho, ovelha e várias aves como a galinha. Muitos deles são utilizados na pecuária. As plantas domésticas são inúmeras e vão desde as utilizadas em residências até às cultivadas na agricultura.
A domesticação acompanha a História da civilização, sendo benéfica para o desenvolvimento da mesma, porém é extremamente prejudicial à natureza e à ecologia, já que, em contraste com a seleção natural, a domesticação provoca uma seleção artificial de alguns seres vivos em detrimento de outros que o ser humano procura eliminar por considerar hostis à sua sobrevivência. A domesticação, desse modo é um fator de redução da biodiversidade. A agricultura quando vista como praga biológica acarreta a devastação de florestas naturais e em seu lugar são instaladas monoculturas. O habitat e os alimentos de animais selvagens são dessa forma destruídos.
A domesticação acaba sendo ao mesmo tempo benéfica e maléfica ao ser humano, pois este também sofre as conseqüências de problemas ambientais gerados pela dome

As formas de criação animal

Nomadismo pastoril


Nomadismo é o modo de vida em que uma população ou comunidade não dispõe de habitações fixas e mantém-se em movimentação permanente, à procura de melhores condições de sobrevivência. O termo também é aplicado, por extensão, ao gênero de vida de certos povos das regiões tropicais, que subsistem graças à coleta vegetal, à caça e à pesca, todas praticadas de maneira rudimentar. Em geral, esses caçadores e coletores organizam-se em pequenos grupos isolados que se movimentam em área delimitada onde conhecem os hábitos dos animais, as fontes de água e a distribuição das espécies vegetais.
O nomadismo é estreitamente ligado ao pastoreio, como indica o próprio termo, derivado do grego nomas, "pastagem". Esse modo de vida é, na maioria das vezes, provocado pelo deslocamento dos rebanhos, que, em busca de locais onde se mostra mais abundante a pastagem natural, acabam por provocar também o deslocamento de seus proprietários. Os pastores nômades deslocam-se sobre um território de grande extensão e muitos permanecem em determinadas áreas durante a maior parte do ano. Na África, alguns grupos nômades chegam mesmo a obter colheitas regulares em seus deslocamentos sazonais.
No nomadismo pastoril, o animal mais típico é o carneiro, embora outros lhe estejam associados, como o cabrito, o cavalo, o camelo, o iaque e a rena, preferida nas tundras. A vida nômade implica precárias condições de segurança, o que leva os grupos a se organizarem em moldes tribais, com base no regime patriarcal. Devido à mobilidade exigida nos constantes deslocamentos, a casa em geral resume-se a uma tenda, fácil de ser armada e transportada. Parte dos nômades depende exclusivamente de seus rebanhos. Outros costumam também comerciar com outros grupos, para obter cereais e outros alimentos.
O nomadismo atual é típico dos desertos da Ásia, em especial na Arábia e na Mongólia, e os beduínos e tuaregues da África saariana. Em época recente, os esquimós do Alasca também se tornaram nômades. Na Arábia, registrou-se uma grande expansão do nomadismo e mesmo as cidades que surgiram na região, como é o caso de Meca, Medina e Sana, tiveram origem em feiras comerciais freqüentadas pelos grupos que se deslocavam pelo deserto.

SEDENTARISMO

Na antropologia evolucionária, sedentarismo é um termo aplicado à transição cultural da colonização nômade para a permanente. Na transição para o sedentarismo, as populações semi-nômades possuíam um acampamento fixo para a parte sedentária do ano. O sedentarismo se tornou possível com novas técnicas agrícolas e pecuárias. O desenvolvimento do sedentarismo aumentou a agregação populacional e levou à formação de vilas, cidades e outras formas de comunidades.

Transumância
 A palavra transumância, que vem do latim trans (além de) e humus (a terra, a região) significa é a migração periódica de um rebanho, seja de ovinos, caprinos ou bovídeos, da planície à montanha ou da montanha à planície, e isso em função das condições climáticas, e, portanto, da sazonalidade.
SEDENTARISMO


Devemos distinguir entre três tipos de transumância:

  • A transumância estival, ou de verão, também chamada transumância normal, que é a subida para as pastagens montanhosas de rebanhos originários da planície. Na Europa esse período vai, em geral, do começo de junho a fins de setembro.
  • A transumância invernal, ou transumância invertida, que ocorre quando rebanhos de montanha, no inverno, fogem do rigor dos climas de altitude e descem às planícies temperadas.
  • A transumância pernal, que ocorre quando os rebanhos não dão conta de fazer suas pernas,(crias), então o rebanho foge para sua terra natal, em busca de vida.